REPROVADO
Quando
acertar se torna impossível, o que nos resta?
Este
é um poema sobre reprovações que acabam inibindo nossas ações.
Eu sempre quis
acertar
Isso nunca fugiu
da minha perspectiva
Contudo, quanto
mais me lancei
Não alcancei
Fosse no
discurso ou na alternativa.
As questões como
sombras me são
Assombrando-me
em exaustão
Como se esta
fosse a sua única missão
Já não posso
afirmar até quando
Eu ainda estarei
são.
Quando achei que
respostas havia obtido
Tão logo entendi
que fora iludido
Grãos de areia
escorrendo pelas mãos
Desde o início é
o Silêncio
Meu maior
inimigo.
Não há como
tentar colar
Cada qual tem a
sua própria consternação
Perigoso é
insistir nesse olhar
Esta talvez seja
a única Regra
Que não possui
uma exceção.
De dentro nascem
as dúvidas
Portanto me
perco quando tento consultar
Pois justamente
onde sou confrontado
É onde as
soluções deveriam estar.
Em todos os
lados me vi errado
Sem dúvidas,
esta é minha sina
Sinto-me
deslocado quando olho para frente
E esquecido
quando olho para cima.
Cada tentativa
aproxima-se de ser a última
Cada reprovação
alimenta este pesar
Em vez de
lágrimas entorno sangue
Expressão de um
sentimento infame
Quem sabe na
próxima já não haja mais razões
Para uma
resposta eu encontrar.
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